Série de entrevistas – “Pra sempre Santo André”.

Por quanto tempo você estudou no Colégio Santo André? (a partir de que série ou ano?)
Por quatro anos. Do 9° ano até o 3° do Ensino Médio, pude ter o colégio como uma segunda casa, onde foi possível estudar e construir, juntamente aos professores, funcionários e amigos, uma base que me preparasse para projetos futuros.

Como foi a sua trajetória e quais as suas principais lembranças ou experiências vivenciadas no Colégio Santo André?
Quando penso na minha trajetória, primeiramente lembro que não teria conquistado muitos dos meus sonhos se não fosse pelo amparo das pessoas que conheci lá no colégio. Por vezes, temos a tendência de valorizar mais as grandes conquistas, como o vestibular e as olimpíadas, no meu caso em espacial, ir para Brasília e representar a juventude de São Paulo. Claro, são extremamente importantes e também momentos inesquecíveis. Mas penso que o carinho, a atenção, o companheirismo dos professores são as experiências que, de fato, me marcaram e me fazem sentir saudade.

Fale um pouco sobre a faculdade e sobre o curso que você foi aprovado. (Onde fica, concorrência, características, áreas de atuação do curso, etc.)
Hoje, estudo direito na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais. O direito é um curso que muito se encontra com os valores compartilhados pelo colégio. Não é raro estudar princípios como a dignidade da pessoa humana em minhas aulas. Para entrar na UFU, é possível usar a nota do Enem, mas também existe a alternativa do vestibular próprio que acontece no meio do ano. As áreas de atuação do direito são múltiplas, mas, sem dúvida, o colégio me influenciou quando precisei escolher meus objetivos. Por exemplo, atualmente, trabalho com política de prevenção à criminalidade, que muito se relaciona aos ideais que movem os projetos sociais proporcionados pelo colégio. Além disso, realizo pesquisa na área de filosofia jurídica, buscando pensar como a formação de nossa cidadania é afetada hoje.

Durante o Ensino Médio, como você se preparou para os vestibulares? (como foi a sua Rotina de estudos)
Durante o Ensino Médio, busquei, desde o primeiro ano, construir uma rotina de estudos que pudesse ser intensificada no terceiro. Sempre procurei valorizar muito a sala de aula como o principal ambiente de aprendizagem. Assim, seria mais fácil aprender com a ajuda dos professores, que poderiam corrigir os erros e tirar as dúvidas. Além disso, acredito que os simulados e os vestibulares como treineiro contribuem para a experiência. Particularmente, penso que a participação em olimpíadas, como a de História Nacional, e a simples tentativa em projetos extracurriculares formam uma bagagem que ajudará não apenas nas provas, mas também na vida universitária.

Qual foi o papel do Colégio na sua formação geral e, em especial, na sua preparação para os vestibulares? (Papel da estrutura da escola, professores, etc)
A maior herança que o colégio me deixou foi o incentivo dos professores para que eu pudesse, vamos dizer, “pensar fora da caixinha”. Este ensinamento que nos induz a transformarmos a nossa realidade é essencial para a nossa formação cidadã. Não existe mudança sem jovens engajados no pensamento crítico. Aliás, a estrutura do colégio em si já representa uma alternativa, com áreas arborizadas, espaços de convívio que destoam daquilo que vemos fora de lá. É claro que o Santo André, enquanto professores e todo amparo fornecido para nossa trajetória, foi essencial para “passar no vestibular”. Mas o que não podemos esquecer é que, muito além de uma chave para a entrada no mundo acadêmico, os professores, sustentados na filosofia do colégio, nos fornecem uma base para sabermos que somos capazes de lutar para conquistar nossos sonhos. Principalmente, quando nossos objetivos estão ligados aos princípios de valorização do humano.  Por último, prefiro terminar com o trecho final do texto que tive a honra de ler na cerimônia de formatura: Sobretudo, tenho a confiança de que, se um dia enxergarmos mais longe, é porque, na verdade, estivemos com os pés apoiados sobre os ombros de verdadeiros gigantes. Enfim, quem me dera com essas simples palavras poder expressar o muito obrigado, o sincero reconhecimento e a singela homenagem por serem coautores desse magnífico livro chamado vida.