Tudo o que queremos conquistar começa a partir de sonhos, sonhos como ser um grande jogador de futebol, médico e até artista circense, como é o meu caso.

Este meu sonho começou quando tinha quatro anos. Comecei a ficar obcecado por circo desde essa idade quando minha mãe me mostrou um filme de um espetáculo da empresa Cirque du Soleil. A partir de então, meus olhos não mais mudaram de foco. Essa é a empresa de circo mais conhecida do mundo, com mais de vinte espetáculos criados que estavam ou estão ainda espalhados ao redor do nosso planeta, como em Las Vegas, Riviera Maya e até em parques da Disney. E foi dessa maneira que o meu maior sonho surgiu.

Como em qualquer sonho grande, a persistência deve ser maior. Entre vários espetáculos que assisti em DVDs, descobri a minha maior habilidade atual: o diabolo. É um brinquedo oriental, mais conhecido como “iôiô chinês”. Treinando quase todos os dias e buscando aprender mais nesses oito anos, consegui me apresentar em diversos lugares de diversas cidade junto ao Grupo Lígia Aydar. Tudo para conseguir um dia participar de um desses magníficos espetáculos canadenses.

Neste ano vou me mudar para o Montreal, ao lado da sede do Cirque du Soleil, mas ainda não nela, e sim na École Nationale de Cirque de Montréal. Uma das escolas de circo mais conhecidas do mundo.

Quando minha mãe descobriu essa escola, pensamos que a melhor forma  de conquistar este sonho concorrido seria estudar nela. A ENC (École Nationale de Cirque) fornece aulas acadêmicas como qualquer outra, mas o que a diferencia das outras é que um de seus focos está na formação profissional de artistas, onde muitos acabam trabalhando com suas próprias performances; abrem suas próprias escolas circenses; ou até trabalhando na graciosa Cirque du Soleil.

As audições mundiais começaram no final de 2017, foi quando a jornada para este novo foco começou. Primeiro gravamos um vídeo com os exercícios exigidos; mais tarde tivemos uma entrevista (em inglês e francês); depois provas escritas de cinco horas (duas de matemática, uma redação em inglês e outra em francês, uma de conhecimentos gerais e outra sobre a cultura canadense); novamente outra entrevista (em inglês e francês) e finalmente o resultado, que depois de seis meses, vimos o “aprovado”.

  Agora com essa nova trajetória, estarei mais perto de alcançar meu objetivo. Tudo, pela dedicação, disposição, esperança e muito suor.

  Vitor Martinez Silva, 8º ano – B.