Projeto que envolve e integra toda a comunidade educativa, nas suas mais diversas áreas de conhecimento e faixa etária, no desafio de favorecer e estimular atitudes como respeito, acolhimento, cuidado, diálogo, solidariedade, ética e cidadania.
O tema anual é baseado na Campanha da Fraternidade e é desenvolvido pelas Irmãs de Santo André em parceira com as unidades de Jaboticabal e Rio Preto. Pensado especialmente para a faixa etária dos alunos, a realidade social em que estão inseridos e as possibilidades de ações concretas que estão ao seu alcance.
Os educadores são incentivados a estabelecerem vínculos entre o tema do projeto e o conteúdo de sua série. A cada ano buscamos ampliar as possibilidades e os meios do projeto coletivo envolver e ser compreendido por toda comunidade escolar.
Em 2021, o tema que estamos trabalhando é “Unidos na Diversidade”. Através de atividades lúdicas, palestras, rodas de conversas, projetos sociais, eventos, entre outras coisas, estamos refletindo juntos sobre o que nos aproxima uns dos outros: nossas ideias, nosso jeito de ser, as coisas que acreditamos, nossas crenças, nossos valores e sonhos etc.
1º Tema Trimestral
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“Se discordas de mim, tu me enriqueces” (Dom Helder Câmara)
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A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a pensar sobre a importância do diálogo na construção da fraternidade, do amor e da paz a partir do texto bíblico “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14ª).
Vivemos um tempo de muita polarização em todas as esferas mundiais e nacionais.
O que reforça a importância de se tratar o diálogo como uma escuta amorosa, de compreensão do outro, numa esfera de convivência fraterna, de amizade, de carinho e de encontros que se dão ao longo da nossa caminhada.
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Há diversidade de dons, mas um só Espírito. (Coríntios 1,12)
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2º Tema Trimestral
Apenas os que dialogam podem construir pontes e vínculos. Não nos cansemos nunca de buscar o diálogo. (Papa Francisco)
A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a pensar sobre a importância do diálogo na construção da fraternidade, do amor e da paz a partir do texto bíblico “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14ª).
Unidade não significa uniformidade. A unidade congrega o diferente e por isso há diálogo. Em tempos de tanta polarização nas esferas nacionais e mundiais, o diálogo pede passagem: diálogo como escuta amorosa, como compreensão mútua, convivência fraterna, amizades e encontros.
A Arte de Ouvir (Rubem Alves)
De todos os sentidos, o mais importante para a aprendizagem do amor, do viver juntos e da cidadania é a audição. Disse o escritor sagrado: “No princípio era o Verbo”. Eu acrescento: “Antes do Verbo era o silêncio”. É do silêncio que nasce o ouvir. Só posso ouvir a palavra se meus ruídos interiores forem silenciados. Só posso ouvir a verdade do outro se eu parar de tagarelar. Quem fala muito não ouve. Sabem disso os poetas, esses seres de fala mínima. Eles falam, sim. Para ouvir as vozes do silêncio […]
Não nos sentimos em casa no silêncio. Quando a conversa para por não haver o que dizer, tratamos logo de falar qualquer coisa, para pôr um fim no silêncio […]
Os orientais entendem melhor do que nós. Se não me engano o nome do filme é Aconteceu em Tóquio. Duas velhinhas se visitavam. Por horas ficavam juntas, sem dizer uma única palavra. Nada diziam porque no seu silêncio morava um mundo. Faziam silêncio não por não terem nada a dizer, mas porque o que tinham a dizer não cabia em palavras. A filosofia ocidental é obcecada pela questão do Ser. A filosofia oriental, pela questão do Vazio, do Nada. É no vazio da jarra que se colocam flores.
O aprendizado do ouvir não se encontra em nossos currículos […]
Todo mundo quer ser escutado. (Como não há quem os escute, os adultos procuram um psicanalista, profissional pago para escutar.) Toda criança também quer ser escutada. Encontrei, na revista pedagógica italiana Cem Mondialità, a sugestão de que antes de se iniciarem as atividades de ensino e aprendizagem, os professores se dedicassem por semanas, talvez meses, a simplesmente ouvir as crianças. No silêncio das crianças há um programa de vida: sonhos. É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar as crianças para que a inteligência delas desabroche.
Sugiro então aos professores que, ao lado da sua justa preocupação com o falar claro, tenham também uma justa preocupação com o escutar claro. Amamos não a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A escuta bonita é um bom colo para uma criança se assentar…
3º Tema Trimestral
Vejam como é bom e agradável morar entre irmãos, viver todos unidos! (Salmos 133:1)
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A paz invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais
A paz fez um mar da revolução
Invadir meu destino; A paz
Como aquela grande explosão
Uma bomba sobre o Japão
Fez nascer o Japão da paz
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós
Que contradição
Só a guerra faz
Nosso amor em paz
Eu vim
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Onde o mar arrebenta em mim
O lamento de tantos “ais”
Que tal somar forças com a gente nessa ciranda pela vida?
A paz sem vencedor e sem vencidos (Sophia de Mello Breyner Andresen)
A Paz sem Vencedor e sem Vencidos
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Que o tempo que nos destes
Seja um novo recomeço de esperança e de justiça
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Erguei o nosso ser à transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso mandamento
Para que venha a nós o vosso reino
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
A paz sem vencedor e sem vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade
Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos
Vamos juntos construir um mundo mais fraterno, baseado no diálogo, na gentileza, na cooperação e na empatia.