“Mãe e pai se é todos os dias. São dias difíceis muitas vezes.
Você não virou pai porque vai passar com seus filhos o segundo domingo de agosto. Você virou pai porque virou noites, trocou fraldas, correu desesperado para o médico na primeira febre, levou à creche e chorou no período de adaptação. Você virou pai quando viu crescer, andar, falar, se machucar. Você virou pai quando seus beijos curaram machucados, quando dormiu completamente desconfortável para que a criança dormisse bem. Você virou pai quando ajudou nas tarefas escolares, levou ao pediatra, falou sobre sexo. Você virou pai quando viu que seu filho não é seu. Seu filho é dele mesmo.
O que vai definir se somos grandes pais não é a quantidade de Dias dos Pais que passamos juntos com nossos filhos, mas a quantidade de dias normais. A quantidade de dias úteis. A quantidade de tarefas à tarde, de apresentações escolares; de vezes que tivemos que faltar ao trabalho para levar ao médico.
No Dia dos Pais, não espero presentes caros ou almoço extravagante. Quero abraços, como recebo todos os dias. Cartõezinhos escritos à mão, como os que já abarrotam minha carteira. Beijos de bom dia barulhentos, como os que já me acordam todas as manhãs.
A paternidade é a maior experiência humana. Faz-nos mais sensíveis, mais generosos, mais humanos. Transforma nossa vida em algo encantado. Que dure mais do que apenas um dia”
Marcos Pianger